domingo, outubro 16

Novo álbum de Prince Wadada

O senhor Prince Wadada está a preparar o seu segundo álbum. Este vai ter o nome "Entendimento" e vai ser a 10ª edição da Matarroa.
Este álbum tem data de lançamento marcada para a primeira semana de Dezembro, mas entretanto o single "Entendimento" já pode ser ouvido em algumas rádios.


Prince Wadada é um nome que se confunde com a cultura dos soundsystems portugueses, sendo um ícone importante na recente e forte afirmação do reggae no nosso país.

Exímio vocalista raggamuffim, ex-membro do projecto “Linha da Frente”, partilhou o palco com músicos como Gentleman & Far East Band, Melo D e Charly Skank Band, acrescentando à sua carreira um vasto leque de participações em trabalhos de Kussondulola, Bad Spirit, Cool Train Crew, Eduardo Paim, Germaican Soundsystem, entre outros.

Os direitos fundamentais do Homem são o principal foco de atenção num trabalho onde momentos de fúria se transformam num grito de apelo à paz e o amor coabita com a rebeldia transmitindo as linguagens do reggae e do dance-hall em português com sotaque de Angola. “Entendimento” é um trabalho apurado que reflecte emoções, batalhas e relações que se travam todos os dias numa sociedade cada vez mais intolerante, violenta, oportunista e individualista. Influências da música espiritual rastafariana mantêm-se presentes, como ponto de “Entendimento” tal como em trabalhos anteriores: “Kem é Kem” (1999) e “Natty Kongo” (2004).

Wadada é o compositor da totalidade das faixas, tendo a interpretação instrumental ficado a cargo da “Kimbangui Band”, composta por músicos como Nuno Reis (ex-Cool Hip Noise), Ian Muzcnick (ex-Los Tomatos), Batata e Pardal. Temas como “ Jah Já Sentiu” com a participação de Marta Ren (Sloppy Joe) e “ Aldeia” com a força especial de Bezegol (MatoZoo), proporcionam uma viagem onde a positividade reina.

A experiência do teclista Charly Skank, músico/produtor de invejável currículo (trabalhou com Alpha Blonde e Wailers), veio enriquecer um trabalho certamente apreciado por todos os amantes da música Jamaicana. A percussão ficou a cargo de Ndú que emprestou a sua alma a este trabalho.

O disco foi gravado nos estúdios The Vault em Matosinhos, representando uma marca importante para a Matarroa, a sua décima edição em pouco mais de 2 anos de forte representação indepedente na música portuguesa.

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