Para assinalar o acontecimento, será realizado um concerto no dia 6 no Porto Rio.
"Mantendo-se há longos anos extremamente activo no circuito da música urbana, quer como MC, quer como DJ, produtor ou promotor de eventos, Bezegol apresenta oficialmente o seu trabalho em nome próprio.
Versátil e heterogéneo, revela influências e fusões variadíssimas que numa primeira análise pareceriam quase impossíveis de apresentar coerentemente num só trabalho. De forma inteligente, são reunidas influências do Reggae, Hip Hop, Ragga, Soul e até do Fado. Surpresa, são ainda alguns temas em formato canção, como “Nature”, “Forever Love” ou “Let Them Know”, sendo o último um exercício bastante interessante que abdica do beat em prol de uma guitarra portuguesa.
Em linhas muito gerais, e não esquecendo o percurso do artista, duas linhas muito fortes percorrem o disco: o Reggae e o Hip Hop. Aproximados ao Hip Hop de cariz Underground incluem-se os temas “Colision”, “After This” (com participação de Souljah e Tito, do colectivo parisiense “Buga Propaganjah”), “Inhanha” (instrumental produzido por DJ Kronic), “Coalition” (com DJ Ride e Fatman D, incontornável referência do Drum’n’Bass britânico) e, finalmente, “Drástico” (tema bónus com os MatoZoo, banda emblemática do Porto da qual Bezegol é também DJ e MC). Como exemplos do bom reggae nacional, os temas “Rude Bwoy Stand”, “Fire”, “Lightning” (produzido por Condutor dos Buraka Som Sistema), “Plant” e “Roots of Evil” (com Charly Skank nas teclas), tendo estes dois últimos sido editados pela editora Gumalaka naquele que foi o primeiro Single em Vinil 7 polegadas de reggae nacional. Em praticamente todos os temas a produção ficou maioritariamente a cargo do próprio artista em parceria L.V.M.
“Rude Bwoy” fala de problemas sociais, políticos, da mãe Natureza e da natureza das pessoas, a mensagem é positiva e de coragem, nunca deixando de ser dura e rude. Existem subtilezas incluídas no álbum que sobressaem após uma audição atenta. Gravações originais dos acontecimentos de 25 de Abril de 1974, gravações retiradas de filmes independentes brasileiros ou ainda uma pequena farpa punk rock a meio do disco, revelando um Bezegol rebelde, inconformado e sem meias palavras. Sejam elas em inglês, em francês ou em português."
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